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Matérias - 17/04/2019 | 09h02m

Alunos com deficiência visual visitam o MAM

Resende
Terça-feira, 16, alunos do CEDEVIR (Centro Educacional Municipal de Atendimento a Deficientes Visuais de Resende) visitaram o Museu de Arte Moderna de Resende para um encontro com a inclusão social através da arte. Os alunos chegaram às 14h, tiveram contato direto com peças de arte sensorial, que estimula outros sentidos do corpo humano e não se limita ao aspecto visual.

Ao todo, as 11 crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, entre cegos e detentores de baixa visão, foram acompanhados por cinco profissionais do CEDEVIR no MAM. Todos eles estão matriculados e frequentam regularmente a escola no contra turno das atividades válidas pelo Centro. Além do CEDEVIR, o museu recebeu no mesmo horário, 6 alunos do Programa Gente Eficiente, de 19 a 68 anos. 

De acordo com a diretoria do CEDEVIR, Dulcinéa Ferreira da Cruz, a visita ao museu significa uma importante oportunidade de inserção dos alunos no mundo da arte e da cultura. A atividade segue as diretrizes do plano multidisciplinar desenvolvido para os alunos, que prevê atividades dentro e fora da unidade. “A missão do CEDEVIR é essa, proporcionar também vivência e experiências aos alunos. São atividades que eles dificilmente fariam se não estivessem sobre os cuidados do Centro e sabemos muito bem a importância do contato com a arte e a cultura. Tenho certeza que para eles foi uma experiência memorável e muito gratificante. E para nós também”, explicou.

As obras que os alunos tiveram contato no MAM são: a escultura “Cavalo de Xadrez”, do artista Hugo Kruger, cuja estrutura é feita de fibra de vidro e resina poliéster; “A Orca”, do artista Samuel Costa, feita de fibra e resina Poliéster. Ambas possuem como principal característica a possibilidade do tato para que os alunos manuseiem e movimentem as obras. Além disso, no caso do “Cavalo Xadrez”, há uma legenda feita em Braille pelo artista, que também vai exercitar a leitura dos alunos.

O Presidente da Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda, Thiago Zaidan, ressalta a importância dos espaços de cultura do município enquanto objetos de inclusão. “O museu é para todos. É muito importante promovermos atrações que sejam inclusivas para receber todos os públicos, por isso as obras de arte sensorial foram muito bem vindas e tratamos de fazer a integração com o Centro”, reforça.

Biblioteca em Braille
Além da oportunidade proporcionada através do MAM, a prefeitura tem uma biblioteca pública em Braille que é referência na região. O espaço conta com 389 volumes de livros em Braille, sendo 53 da bíblia, além de contar com o auxílio da tecnologia em favor da democratização da leitura. Os recursos tecnológicos vão desde audiobooks até computador que contém o sistema “DOSVOX”, que permite que deficientes visuais façam pesquisas na internet através de uma leitura automática do conteúdo exibido no monitor da máquina.

Fotos: ASCOM/PMR