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Editorial - 15/10/2018 | 08h18m

Dia do Professor

Numa visão mais restrita, fecho o ângulo para o sistema educacional municipal de Barra Mansa, cidade da Região Sul Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, onde nasci e moro para tecer itens relativos ao DIA DO PROFESSOR, 15 de outubro.

Em meio à crise das verbas públicas, unidades escolares são mantidas e muitas, com estrutura lamentável de funcionamento, levando nessa fase tão evidente e precária, o mobiliário decadente, parte destruída pela comunidade discente, que não tem informações sobre a necessidade e vital condição de manter para uso, mesas, cadeiras, paredes, aparelhos de ar e tudo que envolve uma escola.

São depredações de todo tipo, que vitimam escolas, fazendo o ambiente ficar desagradável aos olhos de visitantes e servidores. Há ainda outras com obras paradas desde o governo do PCdoB (prefeito Jonas Marins), aguardando decisão da prefeitura para retomada e inauguração, o que até o momento é uma resposta sem ponto final.

Ainda na data, lembrança do perfil comportamental do aluno com problemas terríveis de desacato ao Professor, vítima de palavrões de toda gravidade no ambiente de trabalho num contexto muito diferente da escola particular, onde o mesmo aluno seria tratado pela direção e orientadores de outra forma.

Decadente e sem forças, o Professor que tenta transmitir o conhecimento sobre matéria é anulado frente ao aluno que ali está SEM caderno nem material que o leve a copiar conteúdo para ser avaliado futuramente com um vocabulário “pesado” formado por palavas vindas do meio que convive muito diferente daquele encontrado nas palavras pronunciadas pelo Professor.

Em Barra Mansa (RJ), o vereador Rodrigo Drable (MDB), que assinou toda a LEI do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) da categoria é o mesmo que hoje, PREFEITO, não cumpre o que tão bem conhece em detalhes, levando o Professor à perda salarial continuada, porque também não concede reajuste salarial anual e não o justifica.

Nas escolas, merendas de qualidade são servidas diariamente. Aquele aluno que nada estuda de conteúdo das matérias é o mesmo que ali fica na fila, substituindo a refeição de casa pela da escola, que cumpre o papel do alimento, MAS não da transmissão de conhecimento CÍVICO nem DIDÁTICO, porque não tem perfil de aluno para absorver tais informações, mas tem para ser servido no refeitório, situação bem antagônica e cruel sob o ponto de vista social, moral e econômico.

Nas reuniões, folhas de presença EM BRANCO, mostram a preocupação das famílias com os seus, principalmente os mais exaltados e avessos ao hábito de copiar matérias para aprovação nas atividades bimestrais e que nos conselhos de classe finais tem aquela folha do Conselho Municipal de Educação com orientações para a direção mostrar para o Professor como “aluno frequentou TEM que ter NOTA”, situação humilhante, degradante, depreciativa e terrível para quadros que durante o ano tanto destruíram a imagem do Profissional Regente.

Lado a lado (escola x família), jovens entregues ao vício com olhares mutilados nas primeiras horas do hábito escolar, caminham para a unidade como “zumbis” vistos por todos, menos pela família que o sustenta, menos para o lar onde está situado. Uma tragédia social já anunciada.

Na rede municipal, prefeito Rodrigo Drable tem que planejar 2019 “com urgência” com instalação do ponto biométrico digital com data corretíssima e atualizada em todas as escolas da rede; instalação do 0800 para o servidor ter linha direta para expressar os fatos como acontecem no trato da equipe diretiva e comunidade escolar com exata intervenção do órgão público na solução dos fatos; entrega dos diários nos primeiros dias de aula de fevereiro (o que hoje demora meses para chegar à escola); pagamento em pecúnia das licenças-prêmio dos servidores da EDUCAÇÃO (o que ocorre no SAAE sem burocracia nem problemas); pagamento do PCCS (que o mesmo prefeito assinou quando vereador em mandato) e por fim e já anunciado pela prefeitura: a tomada de decisão com aval do judiciário sobre acumulação de cargos. Nos próximos meses previsão, categoria terá DESLIGAMENTO da matrícula de muitos Professores, que não terão como acionar a justiça para reaver o Direito ao retorno a exemplo do ocorrido com a Secretaria Estadual de Educação.

Hoje é um DIA ESPECIAL. A todos os meus pares, lembranças acumulam para aqui deixar meu registro de PARABÉNS PELA DATA, que nossa sociedade e autoridades saibam realmente nosso valor na conjuntura de município, estado e país.

Estou há quase 28 anos na matrícula com conhecimento restrito dos fatos, aguardando autoridades agirem para o bem da categoria, que carece e muito, de ações do Executivo local. Vamos agir!

Eliete Fonseca
Jornalista Profissional
Reg. MTE 18.902