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Matérias - 20/08/2018 | 07h42m

Autoridades lamentam morte de ex-secretário-geral da ONU

Agência Brasil
O presidente da República, Michel Temer, lamentou sábado, 18, a morte do ex-secretário-geral das Nações Unidas e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Kofi Annan. “Annan deixa exemplo maior de dedicação às causas da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos. Nossas condolências à família”, disse o presidente através do Twitter.

Nascido em Gana, Annan morreu durante esta madrugada num hospital em Berna, na Suíça, aos 80 anos, segundo informou a fundação Kofi Annan nas redes sociais.

O Ministério das Relações Exteriores também se pronunciou e lembrou a trajetória do ex-secretário que foi lembrado como “um amigo do Brasil”. Para o Itamaraty Kofi Annan soube equilibrar os atributos de independência da ONU com o desafio de conciliar os interesses de seus estados membros. “O governo brasileiro deseja que seja sempre recordado o legado de Kofi Annan, um dos maiores defensores do multilateralismo, para que suas ações e seus ideais de paz, justiça e tolerância continuem a servir de inspiração para as gerações vindouras”, destacou a nota.

O ministro brasileiro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, lembrou que Koffi Annan foi o primeiro negro a assumir o mais alto cargo da ONU. "Kofi Annan representa o que desejamos no Brasil e no mundo: que mais negros alcancem os espaços de poder, que haja representatividade dos grupos que enfrentam preconceitos e discriminações. O legado do ex-secretário da ONU é crucial para gerar transformações, a partir de ações de promoção da paz no mundo e do estabelecimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODMs. É necessário uma ação global para a redução das desigualdades e melhora da qualidade de vida das pessoas", disse.

O atual secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, destacou que Annan era “uma força para o bem” e que seu legado vai continuar servindo de inspiração para todos. Guterres disse ainda que o ex-chefe da Onu se tornou um campeão global nos esforços para a paz de toda humanidade

A chanceler alemã, Angela Merkel, se referiu a Annan como "estadista de destaque" no serviço da comunidade internacional. "Com suas idéias, suas convicções honestas e carisma, Kofi Annan foi inspiração para mim e muitos outros", disse num comunicado ressaltando que permanecerá indelével seu firme compromisso com a paz, segurança, desenvolvimento e direitos humanos".

A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que Annan ajudou a tornar o mundo um lugar melhor. "Muito triste pela morte de Kofi Annan, um grande líder e reformador das Nações Unidas, alguém que fez uma contribuição notável para tornar o mundo um lugar melhor, e meus pensamentos e condolências estão com sua família neste momento", disse em seu perfil pessoal no Twitter.

“Na era atual, em que a busca comum por soluções para os problemas globais é mais urgente do que nunca, fará muita falta a voz de Kofi Annan", declarou o ex-presidente dos EUA Barack Obama ao expressar suas condolências à família de Annan. Em comunicado, Obama lembrou que o ex-chefe da ONU era "um diplomata e humanitário que encarnava a missão das Nações Unidas como poucos".

A sabedoria e a coragem de Annan foram destacadas pelo presidente russo, Vladimir Putin. "Eu tive a sorte de conhecer Kofi Annan. Admirava sinceramente sua sabedoria e coragem, a sua capacidade de tomar decisões pesou mesmo nas situações mais críticas e difíceis", disse .

Para ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos a morte de Kofi Annan foi "uma grande perda" para o mundo. "Eu lamento profundamente a morte de Koffi Annan, ele era um grande amigo da Colômbia e trabalhou duro pela paz de nosso país", escreveu Santos no Twitter.

Pelo Twitter o presidente francês, Emmanuel Macron, falou do "olhar calmo e firme" e "a força das lutas de Annan.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Jens Stoltenberg, disse que o calor de Kofi Annan nunca deve ser confundido com fraqueza. "Annan mostrou que se pode ser grande ser humanitário e um líder forte ao mesmo tempo. A ONU e o mundo perderam um de seus gigantes", afirmou.

“O mundo chora um grande líder, mas celebra uma vida cheia de coragem, empatia e excelente serviço ao público", ressaltou o presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker. "Ele dedicou sua vida a tornar o mundo um lugar mais pacífico e unido. Ele lutou para acabar com o sofrimento e a injustiça em todo o mundo e ajudou a reconstruir pontes tinham sido destruídas", disse.