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Barra Mansa - 15/01/2018 | 06h25m

Barra Mansa começa vacinação contra febre amarela

Barra Mansa
Com a ocorrência de casos de febre amarela e a suspeita de três mortes pela doença em Valença, a Secretaria de Saúde de Barra Mansa inicia a partir de segunda-feira, dia 15, um cinturão de bloqueio vacinal na zona rural, especialmente no distrito de Nossa Senhora do Amparo, que faz divisa com Valença.

Equipes da Secretaria de Saúde com o apoio da Guarda Municipal, Vigilância Ambiental e secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural percorrerão as fazendas e sítios das áreas rurais vacinando os moradores.

A determinação partiu do prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable (PMDB) após se reunir com o secretário de Saúde, Sérgio Gomes.

De acordo com o secretário, o objetivo da estratégia de bloqueio vacinal é proteger a população e impedir que a febre amarela entre na zona urbana. “Na reunião com o prefeito, decidimos focar na imunização completa do município. Nossas equipes trabalharão até que toda a população seja vacinada” - afirmou.

Segundo a coordenadora do Setor de Imunização da Secretaria de Saúde, Marlene Fialho, a meta da Barreira Epidemiológica é vacinar todos da localidade de Nossa Senhora do Amparo, cerca de 1,5 mil moradores como fazendeiros e sitiantes. “É muito importante que todos os moradores tanto da zona rural quanto da zona urbana de Barra Mansa se vacinem. A febre amarela é uma doença séria e pode matar” - alertou. 

Estratégia da Barreira Epidemiológica - A vacina será disponibilizada no Posto de Saúde do distrito de Amparo, de 8 até às 17hs, de acordo com o funcionamento do posto. A base de bloqueio será na RJ 153 - Rodovia Gecy Vieira Gonçalves, estrada que liga o distrito barramansense a Valença - logo após a ponte do Distrito. Agentes da Guarda Municipal estarão orientando os motoristas que entram e saem de Barra Mansa por essa via e encaminhando para a vacinação.

Segundo Marlene Fialho, os casos comprovados em Valença são de febre amarela silvestre transmitida por mosquitos que vivem nas matas e na beira dos rios. Os mosquitos picaram macacos contaminados e depois, pessoas que adoeceram. Há relato de mortes de macacos nas regiões acometidas. “Com o cinturão de bloqueio, nosso objetivo é impedir a introdução do vírus da febre amarela em Barra Mansa, principalmente pela região de Amparo, que faz divisa com Valença pelo distrito de Santa Izabel” - informou a coordenadora.

Campanha de vacinação em todo o município - Para impedir a contaminação da febre amarela na zona urbana, as 49 Unidades de Saúde do município estarão realizando a vacinação durante o funcionamento dos postos, de 8 às 17hs. A UPA Centro disponibilizará a vacina todos os dias, de 17 horas até meia noite para atender quem trabalha durante o dia.

Segundo a secretaria de Saúde, cerca de 30 mil pessoas foram vacinadas em Barra Mansa. O objetivo é vacinar ainda aproximadamente mais de 120 mil moradores. A dose que será aplicada é única e vale para a toda a vida. Devem tomar a vacina, pessoas que possuem nove meses a 59 anos de idade e pessoas que viajarão para áreas com recomendação de vacina com até 10 dias de antecedência. Idosos maiores de 60 anos podem se vacinar desde que tenham prescrição médica. Em caso de dúvidas é recomendado que o morador procure o posto de saúde mais próximo da residência.

UPA vacinará de 17h à meia-noite - Pensando na logística e comodidade dos moradores que trabalham e não podem tomar a vacina durante o dia, a Secretaria de Saúde aumentou o horário das unidades de saúde de quatro localidades. A UPA Centro fornecerá a vacina contra a febre amarela em horário especial, de 17hs até a meia-noite. As unidades Sirene dos bairros Boa Sorte, Vila Nova e 9 de Abril funcionarão de 8hs da manhã até às 20h.

Não pode tomar a vacina - Gestantes e mulheres que estão amamentando bebês menores de 6 meses, além de pessoas com alergia a algum componente da vacina e alergia a ovos e derivados. Também não podem, pessoas que realizam terapias imunossupressoras, portadores de doenças autoimunes e HIV, transplantados de medula óssea, pacientes com histórico de doença do Timo e doenças neurológicas de natureza desmielinizante, com imunossupresão secundária (baixa imunidade) e em tratamento de quimioterapia e radioterapia.

Para essas pessoas, a orientação é que procurem um posto de saúde para avaliação médica. A recomendação para esses grupos é que evitem viajar para áreas de risco que tenham casos comprovados de febre amarela ou que possuem muitas matas, florestas e que utilizem repelentes.

Foto: CCS/PMBM