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Editorial - 18/12/2016 | 13h35m

Transparência “acertada”

Em recente entrevista a um jornal local, Rodrigo Drable (PMDB/RJ), prefeito de Barra Mansa eleito para o mandato 2017/2020, disse que prevalecerá atos coletivos e não de interesses individuais.

Na lista dos coletivos, a pasta da Educação Municipal deve retratar o que acontece e o que pode mudar com visão administrativa e muito trabalho.

Assunto como eleição para diretor deve ser analisado. No governo atual do prefeito Jonas Marins (PCdoB), uma eleição definiu durante dois anos, servidores na função. Após o período, permaneceram durante todo o mandato do Executivo. Muitos, inclusive, desejando incorporar a verba no contracheque, caso nada seja feito por Drable no início de sua gestão para encerrar o ciclo que, em muitas escolas, não obteve o resultado, que devia ter sido concluído. Problemas à parte, em outras administrações, o cargo de diretor era nomeado pelo gabinete. Diante de reclamações fundadas, automaticamente era substituído por pessoa competente à altura do posto.

Ainda na lista, o PCCS (Plano de Carreiras, Cargos e Salários) aprovado e não colocado integralmente em prática pelo atual governo é um anseio de muitos servidores, que aguardam posição oficial do prefeito eleito sobre tal iniciativa. Até o momento não se sabe se terá abrangência total ou parcial, se será modificado, se será anulado ou se será discutido com a categoria e sindicato representante.

Sobre o item “transparência dos recursos enviados para a Educação Municipal” muito saudável seria se Drable nomeasse uma pessoa de sua total confiança para percorrer todas as unidades escolares rotineiramente durante seu mandato. Na prática, o que se verifica em muitos contracheques está totalmente distante da realidade no quesito ponto (que tem que ser biométrico) a partir do primeiro mês do mandato, colocando um ponto final em muitas situações.

Interessante também seria uma linha direta nas unidades, que teriam uma caixa de sugestões e reclamações. Ainda que inicialmente fosse de papelão para não ter gastos iniciais em cada unidade de ensino nem da SME. No material, servidores deixariam opiniões como solicitação de cópias para avaliações em suas disciplinas e o que necessita ter intervenção imediata da prefeitura para funcionamento adequado do local. A caixa colaborará para a extinção de problemas vigentes no governo atual como o ocorrido em 2016, quando diários de classes foram entregues para professores/regentes em agosto diante do fato da secretaria de Educação não ter programado a compra no ano anterior e enviado às escolas no começo do ano letivo.

Outro problema refere-se a muitos servidores que, mesmo desviados para outros setores, mantêm salário com verbas da Educação e outros, necessitando passar por uma perícia e acompanhamento correto de suas atividades. Há casos de muitas matrículas no serviço público e como não existe fiscalização correta atestam em Barra Mansa uma situação e mantêm função em outro município/Estado e matrícula. Tudo acontece de forma cômoda entre envolvido e direção das unidades. Convém analisar caso a caso e tomar medidas administrativas corretas para manter o setor em equilíbrio e funcionamento adequado.

Também interessante seria “abrir e divulgar” nomes de todos os representantes nos Conselhos Municipais de Educação, Fundeb e outros com sua respectiva função e até salário. Na prática, existem reuniões onde assuntos são tratados e definidos sem ciência da categoria, que precisa acompanhar os fatos inerentes à sua realidade diária e funcional.

Como até o momento, aguarda-se com expectativa a divulgação do novo secretário municipal de Educação ficam dicas para o prefeito eleito, porque o brilho do setor depende de iniciativas que, com certeza, refletirão no bom desempenho do “coletivo” durante 48 meses da gestão pública.

Muita sorte para a equipe. Que seja firme na tomada de decisões. Mudanças já!

Eliete Fonseca
Jornalista Profissional – Registro MTb. 18.902