Matérias - 08/08/2016 | 11h21m
Ciência sem Fronteiras deve acompanhar bolsistas na volta ao país
BrasÃlia
O programa Ciência sem Fronteiras deve se preocupar em aproveitar a experiência dos bolsistas quando retornam ao Brasil. É o que defende o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NÃvel Superior (Capes), Abilio Baeta Neves.
“O programa tem que ter reinserção para que depois o estudante não fique rolando no mercado de trabalho ou fique sem a inserção adequada. Isso não é interessanteâ€.
O programa Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 com a meta de conceder inicialmente 101 mil bolsas - 75 mil bancadas pelo setor público e 26 mil por empresas privadas. As bolsas são voltadas à s áreas de ciências exatas, matemática, quÃmica e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e de saúde. Uma segunda fase do programa deveria ter começado no ano passado, mas em ano de ajuste fiscal, após concluir a meta inicial, o programa foi suspenso para avaliação.
No dia 25 de julho, a Capes anunciou algumas das modificações que deverão ocorrer, entre elas o fim das bolsas para graduação. Na primeira fase, 78,9% das bolsas foram concedidas a graduandos.
Neves diz que os critérios para seleção de bolsistas na pós-graduação, que inclui análise de projeto e adequação à s linhas de pesquisa das instituições internacionais, deve ser mantido, mas que o Ciência sem Fronteiras deve se preocupar com o aproveitamento dos estudantes quando retornam ao paÃs. Ao falar sobre as bolsas de doutorado e pós-doutorado, lembra que é preciso pensar na inserção dos pesquisadores.
“A ideia de mandar para o exterior é que isso seja proveitoso para nosso sistema de pesquisaâ€, afirmou o presidente. “Reinserir esses indivÃduos num sistema universitário de pesquisa ou inovação é importante para que o programa tenha o impacto desejado desde o inÃcioâ€.
A reformulação ainda está sendo feita e Neves não detalhou como será o acompanhamento do retorno dos bolsistas. Segundo ele, o governo está dialogando com as universidades para aumentar a participação delas no acompanhamento dos intercambistas.
“De certo modo, o programa aconteceu sem grande envolvimento das universidades brasileiras. Houve um ganho significativo pessoal, mas não houve impacto, não agregou tanto valor assim aos cursos das universidades do Brasil.â€