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Barra Mansa - 11/02/2016 | 22h16m

Barra Mansa devia dar certo

Recentemente, a prefeitura divulgou ações para combater o mosquito Aedes aegypti nas áreas territoriais do município.

 

O anúncio chega após o Carnaval, precisamente numa reunião ocorrida quinta-feira, 11, no gabinete do prefeito Jonas Marins (PCdoB) com representantes da secretaria municipal de Saúde e de vários escalões do governo.

 

Paralelo ao assunto, vejo a imagem do prédio onde até meados de 2015 funcionou o Colégio Municipal Washington Luiz, no bairro Saudade.

 

O segundo semestre do ano passado começou em outra instalação e continua até o momento no prédio onde funciona o CIEP 485 Professor João Baptista de Barros, no bairro Bom Pastor. A saída da equipe de trabalho e do precário mobiliário da escola aconteceu com presença constante da secretária de Educação, Lusia Melchíades à unidade, confirmando que em 2016 seria implantado o Colégio de Educação Integral, que seria modelo para os demais e que a obra seria feita com inauguração também em 2016.

 

O que restou da estrutura do Washington Luiz, que um dia teve sua glória e esplendor destacados como um dos melhores colégios da rede pública municipal? Daquele passado restaram lembranças.

 

Acabada em sua estrutura física externa, a pintura e a placa, que identifica a escola em nada lembra o auge das melhores fases políticas, que a prefeitura expressou há décadas!

 

Desde a saída dos funcionários e do mobiliário até o momento, sequer um prego enferrujado foi colocado do portão para dentro da escola tão pouco profissionais para iniciar o projeto da nova escola como prometido pela secretária Lusia, subsecretário de Educação, Deivyson Silvestre e prefeito Jonas Marins (PCdoB).

 

O pátio completamente largado ao ermo do esquecimento da Secretaria Municipal de Educação e da prefeitura de Barra Mansa (RJ) tem em sua extensão, o mato por todos os cantos com poças de água esverdeada com lodo ali servindo para grande quantidade de acomodação do mosquito Aedes aegypti e suas larvas, colocando em risco – inclusive –, todo cidadão, que transita nas imediações.

 

Não bastasse o total descaso com o prédio da escola municipal do bairro Saudade, a prefeitura mais uma vez abre o ano letivo com quantidade expressiva de falta de profissionais da Educação e principalmente professores, cujos contratos de prestação de serviços terminaram no último dia letivo de 2015 (18 de dezembro) e até o momento nas escolas da rede, o vazio predomina em diversas disciplinas, gerando prejuízo no aprendizado dos alunos matriculados em suas respectivas unidades escolares.

 

Na realidade, tornou-se uma prática diária, a escola – e não acontece somente no Washington Luiz –, receber professores para regência em meados ou no final do ano, ficando o diário de classe por dias, semanas e meses em branco, caracterizando a “completa omissão” de diretores, orientadores pedagógicos e todo o quadro de fiscalização da rede, ocasionando no final da situação, aprovação de aluno com perfil qualitativo muito aquém do esperado para realização de provas de qualquer natureza fora e dentro do âmbito municipal de Educação.

 

Outro quesito, que vale aqui também destacar é a situação funcional dos diretores da rede no cargo com período de mandato eleitoral encerrado em outubro do ano passado, transferido com manobras políticas para 29 de março de 2016 com o prefeito burlando a própria LEI por ele assinada e publicada!, ou seja, os próprios diretores estão em situação irregular nas escolas, que ora administram, inclusive, verbas públicas que as mesmas recebem.

 

No quarto ano do mandato, o prefeito e sua equipe ainda não tiveram como solucionar dois problemas de grande amplitude aqui destacados.

 

A “crise” tão citada pelo chefe do Executivo teve sua página virada para o foco nacional como “o combate ao mosquito Aedes aegypti”.

 

Cada momento, em cada situação explorada pela mídia nacional, o governo municipal acompanha com flashes e perspectivas de avanço.

 

Na prática, lamentável o perder do caminho de ações vazias durante mais de 36 meses de gestão pública municipal. Falta tudo em cada setor, inclusive a visão do prefeito em mostrar para que veio, porque está e onde pretende chegar nos meses, que antecedem o encerramento do mandato, cujos pretensos sucessores, também de imagem semelhante ao que está, nada enchem os olhos do cidadão comum para administrar uma prefeitura de um município como o de Barra Mansa tão pouco sua projeção entre os outros 91 do Estado do Rio de Janeiro.

 

Estamos com o quadro político desgastado nas esferas do Executivo e do Legislativo naqueles tão conhecidos parafraseados populares “Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come”, “Me ajuda aí ô!”

 

Eliete Fonseca

Jornalista Profissional

Registro MTb. 18.902